segunda-feira, 28 de março de 2022

'Motores do Agreste': Brejo da Madre de Deus é destaque em série exibida na Tv Globo, que destaca importância do Toyota Bandeirante para o município

Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco, município com pouco mais de 50 mil habitantes. Quem visita o local pode ter a impressão de que a cidade tem mais toyotas do que moradores. Toyotas é como são chamados popularmente os veículos de transporte alternativo, típicos da região.

O município poderia ser chamado de "capital das toyotas". Para provar, é só observar as ruas, avenidas e rodovias: tais veículos estão em todos os lados, sendo eles de vários tipos e usados para diversas utilidades - a principal é o transporte de passageiros.

A toyota de passageiros se tornou uma identidade no Agreste e é comum que os motoristas destes veículos façam um "alongamento" das toyotas que são utilizadas para o transporte alternativo.A oficina de João Estevão de Lima Sobrinho, conhecido como Danda, recebe encomendas para fazer o alongamento. Com 40 anos trabalhando no ramo, o nome de Danda se tornou famoso entre os fãs de toyota.

"Nisso aí eu me garanto. Você chegando aqui com o chassi do toyota documentado, você sai com o toyota pronto. 100% do processo eu consigo fazer", disse o dono da oficina.

Danda se especializou em serrar o chassi da toyota em alguns pontos. Em seguida, ele insere chapas de aço para alongar o veículo. Tais chapas podem medir de 1, 10 metro a 1,40 metro. O alongamento requer soluções, dependendo da situação. Para se chegar ao ideal, João Estevão cria peças que são encaixadas na estrutura.

No auge do período das encomendas para o alongamento de toyotas, Danda chegou a ter uma equipe de 25 pessoas. Eram finalizados três veículos por semana. Com a queda na demanda, equipe reduzida, o dono da oficina conclui uma toyota a cada dois meses. E o custo para quem contrata o serviço? R$ 30 mil para o alongamento.

Antônio Belmiro de Menezes foi um dos pioneiros em Brejo da Madre de Deus nas adaptações das toyotas na décadas de 60. Após uma visita de uma comitiva japonesa da Toyota na região, o esforço foi para legalizar os veículos modificados. Era importante ter um parecer técnico confiável para a segurança de todos.

Fonte: G1-PE

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