segunda-feira, 7 de março de 2022

Chefe de quadrilhas responsáveis por homicídios em 16 cidades de PE é preso em condomínio de luxo em praia do Rio Grande do Norte


Um homem de 34 anos que chefia quadrilhas responsáveis pela maioria dos homicídios em 16 cidades da Região Metropolitana do Recife e do Litoral de Pernambuco foi preso na praia de Ponta Negra (RN), onde vivia em um condomínio de luxo (veja vídeo acima). Segundo a Polícia Civil, ele era o criminoso mais procurado pelo estado.

A prisão ocorreu na quinta-feira (3), mas foi divulgada pela Polícia Civil de Pernambuco apenas nesta segunda-feira (7) por questões de segurança da operação, que realizada após quase dez meses de investigações. O nome do homem preso não foi divulgado pela corporação.

Uma das quadrilhas que ele chefiava é a responsável pela maioria dos assassinatos nas cidades de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Sirinhaém, Escada, Primavera, Maraial, Catende, Água Preta, Ribeirão, Gameleira, Palmares e São José da Coroa Grande. A outra associação criminosa cometia homicídios em Itamaracá, Itapissuma, Igarassu, Paulista e Olinda.

Ainda segundo a Polícia Civil, o chefe das quadrilhas ordenava os assassinatos e comandava também o tráfico de drogas nesses municípios. Com a prisão dele, a corporação acredita que o índice de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) no estado vão diminuir.

"Então a gente tem certeza de quem, com a prisão dele, vamos alcançar os mesmos resultados que conseguimos em Jaboatão, que teve o melhor número de toda a série histórica após a captura desses criminosos mais importantes", afirmou o delegado Cláudio Neto, gestor da Divisão de Homicídios Metropolitana Sul.

As quadrilhas chefiadas pelo criminoso cresciam ao longo de, pelo menos, dois anos, ainda de acordo com o delegado. Cláudio Neto contou que foi criado um grupo de trabalho junto com a diretoria de inteligência da Divisão de Homicídios Metropolitana Sul para localizar e capturar o homem que comandava os grupos criminosos.

“Ele já tinha sido alvo de três operações de repressão qualificada e, infelizmente, não foi localizado e já tinha contra ele, pelo menos, três mandados de prisão em aberto. Então foram dez meses de muito trabalho e nós realmente decidimos partir para essa estratégia porque todo mundo do meio policial sabia da importância e da repercussão que a prisão dele iria ter nesse momento", disse o delegado.

Após a operação, o homem foi levado para uma unidade prisional no Rio Grande do Norte. Cláudio Neto afirmou que ele será monitorado pelos órgãos de segurança e que, se for necessário, será solicitada a transferência dele para uma prisão federal.

Fonte: G1-PE

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