Marcelo Alves Freitas, o empresário de 52 anos que morreu após levar uma garrafada na cabeça dentro de um bar no Grande Recife, foi agredido depois de uma discussão com outro cliente por causa de uma brincadeira que ele fez com uma mulher sobre time de futebol. Um parente da vítima, que pediu para não ser identificado, disse ao g1 que o agressor deu o golpe enquanto Marcelo saía do estabelecimento.
"O que motivou a discussão foi uma brincadeira com uma moça que estava com uma blusa do Palmeiras. Ele [Marcelo] é flamenguista desde muito cedo. [...] Infelizmente, o homem que estava perto não gostou [...]. Deu uma garrafada e continuou batendo nele. [...] Foi um ato de covardia", contou o parente do empresário em entrevista ao g1.
O caso aconteceu na madrugada do domingo (30), na praia de Gaibu, localizada no município do Cabo de Santo Agostinho. De acordo com a família, Marcelo foi ao bar acompanhado de outros dois familiares e não conhecia o homem que o agrediu. O parente disse, ainda, que não sabe qual é a relação entre o criminoso e a mulher com quem o empresário interagiu.
"Essas duas pessoas (que estavam com a vítima) disseram que iam embora, e foram. E ele [o agressor] esperou só sair do bar. Quando [o empresário] saiu do bar, ele pegou a garrafa e deu no que deu, infelizmente", disse.
Depois das agressões, Marcelo foi levado ao Posto de Saúde de Gaibu, que fica perto do bar, mas não resistiu aos ferimentos.
O corpo do empresário foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife. O crime é investigado pela Polícia Civil.
"A gente espera conseguir ter força porque foi algo muito inesperado. A gente não tinha noção nenhuma. Foi pego totalmente de surpresa. A gente está tentando se reestruturar. [...] Está todo mundo muito abalado ainda pela forma como aconteceu, de tão covarde", afirmou o parente.
Carioca, Marcelo Freitas morava em Pernambuco há mais de 40 anos e era dono de uma corretora de seguros. Era casado e tinha cinco filhos.
Além do Flamengo, a aviação era uma grande paixão na vida dele. No Instagram, o empresário costumava compartilhar vídeos e fotos dos voos que pilotava com um avião que adquiriu há cerca de cinco anos.
"Ele era louco por pilotar. [...] Essa paixão é muito antiga. Ele, inclusive, inspirou o filho dele, que é militar hoje, a seguir a carreira na Aeronáutica. E há um tempo, acho que coisa de quatro, cinco anos, ele decidiu investir nessa paixão e conseguiu comprar o aviãozinho", disse o parente da vítima.
Marcelo tinha uma casa em Gaibu, onde costumava receber a família e os amigos. "[Ele era] brincalhão, sorridente, uma pessoa extraordinária. Uma pessoa muito inteligente e muito amiga", descreveu o parente do empresário.
Fonte: G1-PE
