Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Segundo a gestora, no Sertão, percebeu-se uma incidência mais baixa de arboviroses nos últimos anos epidêmicos (2015 e 2016), o que faz os municípios da região apresentaram agora um maior risco de epidemia, pois tem uma maior parcela da população susceptível à infecção pelo Aedes aegypti por não estar imune aos vírus. “Ontem (6) realizamos uma reunião, em Salgueiro, com representantes de várias secretarias, pois compreendemos que a situação requer engajamento com outros setores, como obras, saneamento e educação. E no município, chicungunha também tem lançado um alerta, pois temos recebido relatos de pessoas que adoeceram com sintomas compatíveis com a doença”, diz.
O boletim também traça essa expansão da chicungunha. No Estado, em uma semana, os casos notificados praticamente triplicaram: saíram de 45 para 121. Segundo Claudenice Pontes, no próximo balanço epidemiológico, que será divulgado até a sexta-feira (8), outras áreas do Sertão devem aparecer em situação semelhante à de Salgueiro. É o caso de Custódia. “No município, as unidades de saúde fizeram o alerta. Os profissionais perceberam que estavam atendendo um número maior do que o habitual de casos suspeitos de arboviroses. Isso deve aparecer no boletim referente à quinta semana do ano.”
Para Claudenice Pontes, o panorama atual se torna ainda mais crítico por causa das chuvas de verão, o que abre portas a locais propícios para a proliferação do Aedes. Historicamente as arboviroses são mais frequentes nos meses de elevadas temperaturas com chuvas mais intensas – uma combinação que propicia a eclosão de ovos do mosquito. “É importante a população ter cuidados para evitar depósitos com a presença de larvas. Além disso, é preciso olhar se quintais, jardins e terrenos possuem criadouros”, orienta a gestora.
O clínico-geral Carlos Brito, professor da Universidade Federal de Pernambuco, considera também que o cenário atual das arboviroses no Estado requer vigilância redobrada. “Realmente dengue é uma candidata em potencial para uma próxima epidemia, pois Pernambuco está há muito tempo sem ter uma explosão de casos. Isso significa que há uma fatia expressiva da população susceptível à infecção, principalmente as crianças que não foram expostas a surtos anteriores.”
Dengue tipo 2
Em São Paulo, onde casos de dengue também aumentaram, autoridades se preocupam com a predominância do sorotipo 2 do vírus. Em Pernambuco, em todo o ano passado, só foi identificado o sorotipo 1, mas a SES não exclui a possibilidade dos outros três sorotipos da dengue estarem circulando.
Fonte: JC
(Apoio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário