sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Presos em operação contra pedofilia tinham vídeos de bebês molestados e 'cartilha' para abusos, diz polícia


O material apreendido pela Polícia Civil nesta sexta-feira (20), durante a operação de combate a pedofilia, inclui vídeos de bebês sendo molestados e uma cartilha com orientações de como abordar crianças, de acordo com o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

A Polícia Civil realizou a operação Luz da Infância para combater a pedofilia em 24 estados e no Distrito Federal. Há seis meses, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão subordinado ao Ministério da Justiça, fez parceria com a Polícia Civil dos estados e teve apoio da embaixada americana para desbaratar uma rede que atuava na chamada “deep web” ou “darknet”, a internet obscura, que não pode ser acessada pelos meios convencionais.

A delegada do DHPP, Elisabeth Sato, disse que alguns policiais que participaram da operação estão acostumados a investigar homicídios e não trabalham diretamente com pedofilia, e ficaram muito assustados com o que viram.

"Os policiais ficaram indignados com as imagens. Não tínhamos ideia do que iríamos encontrar nas imagens em razão das idades das crianças. Tinham bebês de 6 meses sendo molestados", disse Elizabeth Sato, diretora do DHPP em coletiva na tarde desta sexta, após a operação.

De acordo com o Ministério da Justiça, 108 pessoas foram presas em flagrante. A operação contou com 1.100 policiais para mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva. A polícia efetuou um total de 108 prisões, 143 mandados cumpridos e 151.508 arquivos foram rastreados.

O perfil do pedófilo se mostrou variado: de funcionário público a dono de escolinha de futebol. Foi recolhida inclusive uma cartilha que ensinava o passo a passo de como manter a criança sob controle para o abuso.

O armazenamento de arquivos gera uma pena de 1 a 4 anos de reclusão – é um crime afiançável, por isso, os presos por este crime deixam as delegacias ainda nesta sexta. Os outros presos, que compartilhavam material, terão penas de 2 a 6 anos de prisão e só o juiz determinará se aguardarão presos ou em liberdade em uma audiência de custódia, que será realizada no sábado (21).

Fonte: G1-PE

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