Na manhã desta sexta-feira, 13 de setembro, Brejo da Madre de Deus foi palco de uma intensa repercussão após a divulgação de documentos que revelam uma decisão polêmica envolvendo o candidato a prefeito Josevaldo Lopes. De acordo com os registros, enquanto prefeito interino, Josevaldo autorizou o pagamento de mais de R$180 mil à empresa Nunes e Nunes Transportes em um único dia, 25 de junho de 2020, apesar de o contrato da empresa estar suspenso por determinação do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE).
A empresa Nunes e Nunes havia sido contratada em 2017 pelo então prefeito Hilário Paulo para prestar serviços de locação de veículos ao município. No entanto, irregularidades tanto no processo de contratação quanto na execução dos serviços, envolvendo mais de R$6 milhões, levaram o TCE-PE a expedir uma Medida Cautelar (Processo nº 18218970), determinando a suspensão dos pagamentos à empresa nos processos licitatórios nº 015/2017 e 020/2017.
Apesar dessa ordem clara, Josevaldo Lopes, ao assumir o cargo de prefeito interino, contrariou a determinação e autorizou o pagamento à Nunes e Nunes Transportes. Entre os empenhos quitados estão valores que somam mais de R$180 mil, incluindo pagamentos retroativos a dezembro de 2019, o que levanta suspeitas sobre os motivos que levariam o gestor a quitar dívidas com uma empresa sob investigação.
Os empenhos autorizados por Josevaldo incluem:
Empenho nº 0285/001: R$65.024,26
Empenho nº 0285/002: R$62.523,29
Empenho nº 0284/001: R$14.277,00
Empenho nº 0284/002: R$14.277,00
Empenho nº 1211/011: R$24.220,43
Esses pagamentos, que somam um total de R$180.322, foram realizados sem que a maioria dos empenhos apresentassem atestados comprovando a prestação dos serviços ao município, um procedimento que deveria impedir a ordem de pagamento. Tal fato coloca em xeque a gestão de Josevaldo Lopes, que, mesmo ciente da medida cautelar imposta pelo TCE-PE, prosseguiu com a quitação dos valores.
Além disso, a chapa de Josevaldo enfrenta outro obstáculo político: sua vice, Nininha, foi recentemente condenada, no dia 10 de setembro de 2024, por assinar contratos com a mesma empresa Nunes e Nunes Transportes enquanto era secretária de Ação Social do município.
Agora, tanto Josevaldo quanto Nininha estão no centro de uma investigação que envolve contratos do município, com valores superiores a R$6 milhões, já condenados pelo TCE-PE devido a várias irregularidades. A situação levanta questionamentos sobre o tipo de administração que Josevaldo Lopes adotaria caso fosse eleito, visto que, em apenas 28 dias como prefeito interino, uma de suas principais decisões foi desobedecer uma ordem direta do Tribunal de Contas, beneficiando uma empresa sob investigação.
A repercussão do caso gera dúvidas entre os eleitores sobre a capacidade de gestão do candidato, com muitos se perguntando que tipo de prefeito ele seria diante de tais atos. A falta de transparência e o descumprimento de determinações legais colocam em questão as intenções de Josevaldo Lopes na administração pública.
Da Assessoria
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