terça-feira, 2 de maio de 2023

Mais de 1.500 armas apreendidas em clube do tiro de Caruaru são entregues à PM


Um total de 1.549 armas de fogo apreendidas em um clube de tiro localizado em Caruaru, no Agreste pernambucano, durante a Operação Zona Cinza, da Polícia Federal (PF), foi entregue à Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) nesta terça-feira (2). Entre as armas apreendidas no estabelecimento e cedidas pela PF à PM, estão pistolas, fuzis, espingardas, rifles, entre outros equipamentos que serão utilizados pela corporação.

A entrega das armas aconteceu em cerimônia no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no bairro do Derby, região central do Recife, nesta manhã. O evento contou com a presença do superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Antonio de Pádua Vieira Cavalcanti; da secretária de Defesa Social do Estado, Carla Patrícia Cunha; e do Comandante Geral da PMPE, Tibério César do Santos. Na cerimônia, as autoridades assinaram um termo registrando a doação das armas.

"É um momento significativo da operação Zona Cinza, que identificou criminosos que estavam por trás de um esquema envolvendo autorizações de CACs (Caçadores, atiradores e colecionadores) de forma ilegal. São armas de fogo que devem fazer a proteção da população e têm que estar nas mãos das forças de segurança”, comentou Antônio de Pádua.

Ao todo, a operação Zona Cinza, ocorrida em outubro do ano passado, resultou na apreensão de 2.555 armas, a maior entre as conduzidas pela corporação nos últimos dez anos. De acordo com o superintendente da PF em Pernambuco, as mais de mil armas que, em um primeiro momento, não foram destinadas à segurança pública, devem passar por um processo de avaliação antes de uma nova cessão.

A entrega das armas de forma antecipada, antes do julgamento dos alvos da operação Zona Cinza, foi autorizada pela 37ª Vara da Justiça Federal, atendendo a pedido da Polícia Federal. “As armas cedidas à PM passaram por perícias e a pertinência do uso foi avaliada por nós [da PF] e pela Secretaria de Defesa Social. Esses equipamentos, portanto, serão muito mais bem empregados e utilizados pela segurança pública do Estado”, completou o superintendente Antônio de Pádua.

As investigações conduzidas pela PF durante a Zona Cinza identificaram a existência de um esquema ilegal de comércio de armas de fogo, por meio da “produção de documentos ideologicamente falsos”; segundo a corporação, a organização criminosamente utilizaria esses documentos para “viabilizar e dar aparência de legalidade” à venda e ao porte ilegal desses equipamentos.

Fonte: Folha de Pernambuco

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