quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Cinco postos interditados no Grande Recife por receptar combustível roubado


Cinco postos de combustíveis interditados (três em Jaboatão, um em Afogados, e um no Janga), três pessoas presas, e quatro foragidas. Este é o saldo até o momento da operação organizada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Secretaria Estadual da Fazenda, Polícias Civil e Militar de Pernambuco que investiga os crimes de sonegação fiscal, roubo e receptação de carga em empresas do ramo de combustíveis. As informações foram divulgadas em entrevista coletiva nesta quarta-feira (04).

De acordo com as informações levantadas pelo MPPE e Fazenda, o montante sonegado em impostos está apurado até agora em R$ 7 milhões, mas deve ser muito maior. "A quadrilha já operava em Pernambuco há alguns anos por isso estimamos que o prejuízo ao erário é bem maior", disse Frederico Magalhães, coordenador da aárea tributária da Sefaz-PE. O grupo atuava de forma coordenada para sonegar impostos estaduais e promover receptação de caminhões de combustível roubados. Também há suspeitas de que os envolvidos fazem a "encomenda" dos roubos de cargas, adulteração do combustível, lavagem de dinheiro e uso de laranjas para encobrir os nomes dos proprietários.

Nessa terça-feira (3) 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e diversos postos de gasolina da Região Metropolitana do Recife (RMR). O principal deles, localizado no bairro do Janga, no município do Paulista, foram apreendidos documentos, talonários, equipamentos eletrônicos, entre outros. Só este posto tinha uma dívida de R$ 6 milhões em impostos.

Origem do esquema


Foi no posto de gasolina da bandeira Federal, na avenida Carlos Gueiros Leite, que se originou o esquema de sonegação fiscal, receptação qualificada, lavagem de dinheiro, além da ocultação de documentos de crimes graves. A estimativa da Fazenda Estadual é de que os débitos tributária desses postos cheguem a R$7,1 milhões.

Modus operandi - os seis postos alvos da operação faziam a venda do combustível roubado sem emissão de notas fiscais e não tinham um funcionamento contínuo, ou seja, abriam geralmente aos finais de semana para comercializar o produto roubado. A Secretaria da Fazenda informou que as empresas já haviam sido alvo de diversas autuações por irregularidades fiscais e que a análise dos documentos apreendidos permitirá um levantamento mais preciso dos prejuízos causados pela organização criminosa à arrecadação estadual.

Fonte: JC

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