domingo, 2 de setembro de 2018

Presidente da Sindicombustíveis-PE descarta risco de desabastecimento em postos

Foto: Guga Matos/JC Imagem

Uma postagem da rede de postos PetroMega nas redes sociais sobre uma possível paralisação dos caminhoneiros provocou apreensão e corrida a postos de combustíveis na noite deste sábado (1). Por volta das 16h, a rede utilizou o Instagram para dizer haver "fortes evidências" de uma nova greve da categoria, o que provocaria desabastecimento dos postos já a partir da madrugada de hoje.

Pouco mais de duas horas após a publicação, começaram a se formar filas enormes em vários postos do Grande Recife, com motoristas e pessoas com galões tentando abastecer. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro Ramos, diz que a população deve ficar tranquila porque não há desabastecimento nos postos e é remota a possibilidade de uma nova greve semelhante a que aconteceu em maio.

“Desacreditamos 99% que vá acontecer uma nova greve com aquela dimensão. Uma rede de postos colocou isso na internet e viralizou. Isso sem falar numa série de áudios requentados da antiga greve que estão circulando pelo WhatsApp. Isso foi um absurdo, porque gerou tumulto e tirou a tranquilidade da população. É preciso penalizar quem publica esse tipo de nota”, observa Pinheiro Ramos.

NOTIFICAÇÃO

Sábado à noite, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e o Procon de Pernambuco informaram que na próxima segunda-feira (03/09) vão notificar a empresa PetroMega para prestar esclarecimentos sobre a nota veiculada ontem em suas redes sociais. “O informativo, sem qualquer fundamentação, alerta de forma irresponsável a população quanto à possibilidade de paralisação no abastecimento de combustíveis no estado”, diz a nota. A SJDH esclarece, ainda, que provocar alarme, anunciando perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto é crime previsto no Art. 41, da Lei de Contravenções Penais (LCP), sob pena de prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa.

A postagem nas redes sociais também recebeu uma enxurrada de críticas dos internautas. Muitos diziam que a rede PetroMega havia se precipitado e que "teriam que se responsabilizar caso a história não ocorra". Já outros preferiram apoiar a postagem, dizendo que, "o melhor a fazer, é abastecer logo o carro".

Fonte: JC

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